Alexandria é uma bela cidade do Egito que de seu grande líder recebeu seu belo nome. Alexandre Magno, o último grande Faraó do Egito tendo sido coroado de 332 a 323 a.C., escolheu a cidade de Alexandria para ser a capital do seu império.
De uma pequena vila de pescadores, após a sua fundação a cidade se tornou a capital da dinastia ptolomaica do Egito e cresceu rapidamente para se tornar uma das cidades mais importantes do período helenístico, superado apenas por Roma em tamanho e riqueza.
Sua localização privilegiada, na encruzilhada das rotas da Ásia, da África e da Europa, transformou a cidade num lugar ideal para concentrar a arte, a ciência e a filosofia do Oriente e do Ocidente. Muito jovem porém, Alexandre Magno com pouco mais de 30 anos faleceu, deixando de ver seu projeto de cidade realizado.
Na antiguidade existiam sete grandes estruturas consideradas as Maravilhas do Mundo Antigo. Uma delas seria o famoso Farol de Alexandria, que foi sede de uma das maiores bibliotecas da Antiguidade.
No lugar do Farol de Alexandria fica hoje a fortaleza de Qaitbay. Essa fortaleza foi construída em 1480, por um sultão otomano, e destruiu o que restava dessa maravilha do mundo. O Forte Qait Bay, foi durante muito tempo considerado uma das sete maravilhas do mundo faraônico antigo; hoje, é um museu da vida marinha.
Em 1375, o farol foi destruído por um terrível terremoto. Em 1994, arqueólogos mergulharam sob Alexandria e descobriram restos de embarcações e de construções daquela época.
Inaugurada 2002, a nova e atual Biblioteca de Alexandria, considerada a maior do Mundo, foi construída em homenagem à Grande Biblioteca, uma das maiores da Antiguidade, fundada no século III a.C. e destruída por um incêndio.
A Biblioteca de Alexandria original, foi construída por Ptolomeu I Soter no século IV a.C, e elevou a cidade ao nível de importância cultural de Roma e Atenas. De fato, após a queda do prestígio de Atenas como centro cultural, Alexandria tornou-se o grande polo da cultura helenística.
Todo manuscrito que entrava no país (trazido por mercadores e filósofos de toda parte do mundo) era classificado em catálogo, copiado e incorporado ao acervo da biblioteca.
No século seguinte à sua criação, ela já reunia entre 500 mil e 700 mil documentos. Além de ser a primeira biblioteca no sentido que conhecemos, foi também a primeira universidade, tendo formado grandes cientistas, como os gregos Euclides e Arquimedes.
O Anfiteatro Romano é um dos monumentos mais populares de Alexandria. Enquanto os anfiteatros foram espalhados por diferentes países como Grécia, Itália e Turquia durante o reinado dos romanos, com muitos exemplos dessas estruturas ainda presentes em muitas regiões da Europa e do Oriente Médio, o Anfiteatro Romano de Alexandria é o único desse tipo no Egito.
O anfiteatro foi descoberto por mera coincidência no ano de 1960. Quando os trabalhadores foram remover uma pilha de poeira e areia em 1960 para limpar a terra para a construção de um prédio governamental, encontraram algumas colunas sólidas de ferro, indicando que algo podia estar enterrado embaixo.
O Anfiteatro Romano que vemos hoje em Alexandria foi construído no século IV d.C. e foi uma característica comum do período greco-romano.
No centro do local as paredes eram construídas com tijolos vermelhos e pequenas salas serviam para aquecer a água com o vapor que vinham da caldeira central.
O frigidarium que ficava na parte oriental, agora destruída, era constituído de várias pequenas piscinas que ficavam à sombra e serviam para resfriar a água. O local tinha várias cúpulas e era ricamente decorado com mármores.
Localizada a leste do Anfiteatro Romano de Alexandria, missões recentes de escavação desenterraram uma vila romana que remonta ao período do imperador romano Adriano, que governou o Egito e um grande império durante o século II dC.
Os arqueólogos a chamaram de “a Vila dos Pássaros” devido ao maravilhoso piso em mosaico encontrado na sala principal que exibe aves de diferentes formas.
Segunda maior cidade do Egito, com cerca de 4,1 milhões de habitantes ao longo de mais de 20 quilômetros de orla, Alexandria é um destino absolutamente fora do comum. Nas suas ruas, muitos vestígios da Antiguidade, como castelos, museus e monumentos falam dos encontros e desencontros de civilizações que a cidade testemunhou.
A cidade que conhecemos hoje, uma cidade do mar mediterrâneo, famosa entre os egípcios por suas belas praias, guarda pouco do seu passado glorioso, que foi destruído por incêndios, terremotos, tsunamis e povos que conquistaram a cidade ao longo dos séculos.
Mas busca reconstruir e relembrar parte de sua história. Hoje, quem visita a Alexandria moderna precisaria olhar embaixo d’água para ver a maioria dos antigos tesouros. A biblioteca antiga estava ali, bem perto de onde está a moderna, assim como o Farol de Alexandria.
Alexandria – Mediterrânea, cosmopolita e literária, a Alexandria do século 21 é uma cidade moderna que perdeu seu protagonismo vivido na antiguidade, mas ainda conserva seu ar boêmio, fonte de inspiração para poetas e escritores durante décadas.