
América do Sul – Integração cultural pela gastronomia
A realização do Festival América do Sul 2025 foi marcado por uma verdadeira explosão de sabores, aromas e encontros culturais em Corumbá (MS). Mais do que um
Por Giovanna Abrahão Kohl – 10 anos
Ir para Seychelles realmente me tornou uma pessoa melhor. Já tinha ouvido minha mãe dizer esse tipo de coisa muitas vezes, mas nunca entendi de verdade o que ela queria dizer — até viver tudo isso por mim mesma.
Desde o momento em que chegamos, senti algo diferente. Mesmo pousando em Victoria, a capital e cidade mais populosa de Seychelles, parecia que eu era a única pessoa ali. Claro, o aeroporto era movimentado e tinha trânsito, mas o clima era calmo, tranquilo e profundamente tropical — como se a ilha estivesse nos incentivando a desacelerar e apenas respirar.
O que mais me chamou a atenção foi o respeito que as pessoas têm pela natureza. Tudo parecia intocado, até sagrado. Você percebe rápido que a terra, o mar e os animais estavam ali muito antes da gente — e ao invés de construir por cima ou atrapalhar o equilíbrio, Seychelles funciona ao redor da natureza, não contra ela. Me fez pensar: mais países deveriam fazer uma pausa na construção desenfreada e realmente valorizar o mundo natural antes que ele desapareça.
Depois de aterrissar, fomos de carro até a marina onde pegaríamos a balsa — um agradecimento gigante ao Brian por nos levar até lá! A balsa nos levou até a Ilha Silhouette, depois pegamos um barco menor e, em seguida, um ainda menor, até finalmente chegarmos à North Island. E sabe por quê usamos esse último barquinho minúsculo? Porque North Island não tem píer — construir um ali prejudicaria os corais e os animais. Esse nível de cuidado e intenção mudou a forma como vejo o mundo, e vou carregar isso comigo para sempre.
North Island é de outro mundo. Totalmente tropical e exclusiva, como se fosse tirada de um sonho. A ilha tem só 11 vilas privadas, e mesmo assim, abriga mais de 100 tartarugas-gigantes terrestres andando livremente.
Assim que chegamos e nos acomodamos nas vilas incríveis, eu fiquei simplesmente maravilhada. Sério, o lugar era de tirar o fôlego. O design combinava perfeitamente com a natureza, e o banheiro? Era ao ar livre! De verdade, cercado por árvores e céu aberto. Parecia mágico. E sim, acredite se quiser, tínhamos mordomos pessoais! Não estou brincando! Muito obrigada ao Kiki e ao Douglas por tornarem nossa estadia inesquecível.
Naquela noite, fomos ao Sunset Bar para um jantar delicioso sob as estrelas. O céu estava completamente limpo, dava para ver cada estrela brilhando — parecia cena de filme.
Mesmo exaustos depois de um dia inteiro de viagem e aventura, terminamos a noite com um mergulho em família na nossa jacuzzi privativa, rindo e brincando sob o céu noturno. Mas aí — reviravolta! — tivemos visitantes surpresa. MORCEGOS, MORCEGOS FRUGÍVOROS! E não era um ou dois… estou falando de pelo menos 50 morcegos voando bem acima da gente! Parece loucura, mas juro que não estou exagerando. Estavam por toda parte, batendo as asas e voando pela noite. Foi ao mesmo tempo assustador e muito legal.
Na manhã seguinte, infelizmente estava chovendo, então tivemos que adaptar os planos. Mamãe e papai foram fazer yoga ao ar livre sob o céu nublado, enquanto Thomas, Kiki e eu fomos alimentar as tartarugas. E deixa eu dizer: AS TARTARUGAS ERAM TÃO FOFAS! Chegaram bem pertinho da gente, esticando lentamente os pescoços para pegar comida — pareciam mini dinossauros!
Depois, tivemos um café da manhã incrível preparado pelo Kiki e pelo Douglas, com frutas frescas, pães caseiros e ovos feitos do jeitinho que a gente gosta. Mais tarde, visitamos o Centro de Conservação Ambiental, onde vimos uma apresentação superinteressante sobre os trabalhos de preservação da ilha.
Aprendemos que a ilha já foi uma fazenda de óleo de coco, o que trouxe ratos. Para acabar com os ratos, trouxeram gatos. Mas os gatos começaram a caçar os animais nativos. Aí vieram corujas para caçar os gatos… mas as corujas acabaram matando todos os pássaros! Foi uma cadeia de caos. Em um certo momento, só restaram três tartarugas-gigantes vivas — e todas as três ainda vivem lá hoje. Agora, a equipe está trabalhando para restaurar a ilha como era antes de tudo isso, trazendo de volta plantas e animais nativos, enquanto ainda mantêm o resort de luxo.
Mais tarde naquele dia, adotamos tartarugas-bebês com Kiki e Douglas. Eu chamei a minha de “Amor”, em homenagem ao meu avô. Aquela noite tivemos um jantar gostoso com o Mark, o gerente geral, e o Nick, gerente da ilha. Depois, assistimos a um documentário lindo sobre a jornada das tartarugas-marinha, desde o nascimento até o mar. Foi emocionante ver como é difícil e perigoso esse caminho — e lembrar que tivemos a sorte de presenciar uma dessas cenas ao vivo: dezenas de tartaruguinhas correndo pela areia em direção ao mar, só guiadas pelo instinto. Foi uma das coisas mais poderosas e comoventes que já vi.
No dia seguinte — infelizmente o último em North Island — o sol brilhou o dia todo. Tomamos café da manhã na Honeymoon Beach, um paraíso escondido, com os pés na areia e o som das ondas ao fundo. Depois, mamãe e papai foram ao spa, e eu e Thomas fomos mergulhar com snorkel. A água estava cristalina, cheia de peixes coloridos e até vimos alguns corais. Após o almoço, fizemos as malas e nos despedimos — mas que lugar, que experiência! Próxima parada: Praslin!
Foram vários meios de transporte: barco pequeno, depois um maior, depois uma balsa, um carro, e finalmente outra balsa. E depois de tudo isso… valeu MUITO a pena. Ficamos hospedados no Raffles, em um quarto lindo construído na encosta de uma colina — ou talvez uma montanha — com uma vista incrível do mar.
Na manhã seguinte, tomamos um café da manhã maravilhoso com frutas frescas, pães, ovos e suco com vista. Depois fomos visitar o santuário de tartarugas. No caminho, ouvimos um som alto e estranho. Quando chegamos, entendemos: era uma tartaruga gigante acasalando. A boca aberta, fazendo um som chocante. Foi bem estranho. Quando me virei, desconfortável, outra tartaruga ainda maior começou a fazer a mesma coisa com uma menor. Sério? Meus pais não paravam de rir. E antes de irmos embora, a primeira tartaruga começou a acasalar com uma terceira! Uma novela de tartarugas ao vivo.
Depois, visitamos o lugar que os locais chamam de Jardim do Éden, e era realmente lindo. Obrigada ao Derek, que me ensinou tanta coisa legal — como o fato de que cada cidadão de Seychelles pode ter até duas tartarugas-gigantes, e que os cientistas ainda nem terminaram de contar quantas existem nas ilhas! Também aprendi sobre o coco de mer: a fêmea tem um “bumbum” maior e carrega mais peso, enquanto o macho é reto e carrega algo bem leve. E, honestamente, é tipo a vida real. A natureza não mente!
Na volta para o hotel, paramos na Anse Lazio, uma das praias mais bonitas do mundo (e concordo totalmente!). De volta ao hotel, meus pais foram ao spa e eu e Thomas fomos para a sala das crianças. À tarde, fizemos mais snorkel — e foi LINDO! Vi muitos peixes coloridos e até algumas lulas.
Na manhã seguinte, tomamos um café da manhã flutuante na piscina. Foi MARAVILHOSO. Infelizmente, era nosso último dia ali — mas foi o final perfeito para uma aventura inesquecível.
Pegamos a balsa de Praslin até Mahé, e de lá um avião pequeno até a Ilha Alphonse. O voo foi incrível — dava para ver o que o piloto fazia, como se a gente fizesse parte da equipe! Chegamos por volta da 13h e já tinha um almoço delicioso nos esperando.
Depois conhecemos nossos bangalôs — Thomas e eu em um, mamãe e papai em outro. Eram lindos e aconchegantes, cercados pela natureza. Pegamos nossas bicicletas e começamos a explorar a ilha, com areia branca, palmeiras e mar transparente. Encerramos o dia com um mergulho na piscina do resort e depois fomos assistir à palestra sobre arraias-jamanta.
Se você já viu Procurando Nemo, lembra do Professor Raio? Arraias são realmente gigantes! Mas o que o filme não mostra é que muitas estão sendo mortas por causa de “medicinas tradicionais” em lugares como a China, mesmo essas práticas não sendo realmente tradicionais. Estão morrendo por nada.
No dia seguinte, participamos de uma expedição em busca de mantas, que deveria durar 3 horas, mas choveu depois de 1. Mesmo assim, vimos golfinhos! À tarde, fizemos snorkel e vimos recifes lindos. Descobrimos que a ilha de Alphonse é feita de coral!
Assistimos a uma apresentação incrível sobre como a equipe da Blue Safari protege a ilha, com rastreamento de animais e muita pesquisa. Jantamos bem e fomos dormir animados para o dia seguinte.
Fizemos caiaque em águas rasas e depois participamos de um “almoço nas flats”, no banco de areia durante a maré baixa. Foi inesquecível! Depois levei um tombo correndo com Thomas antes do jantar, mas tudo bem. A noite foi ótima mesmo assim.
O dia seguinte foi de descanso total: nadamos, brincamos e aproveitamos a ilha. No fim do dia, fomos até a pista do aeroporto para ver estrelas. Não dá para descrever. Deitamos na pista por 45 minutos e demos nome às estrelas cadentes. Foi surreal.
No último dia, papai e Thomas foram pescar enquanto mamãe e eu fizemos o passeio Blue Safari — foi a coisa mais linda que já vi. Fiquei sem palavras. Vimos tantos golfinhos, parecia que faziam um show só para nós.
O voo de volta foi tão divertido quanto o da ida — talvez até melhor. Nunca vou esquecer essa viagem.
Minha viagem para Seychelles foi inesquecível. Uma daquelas experiências que mudam a forma como você vê o mundo. As ilhas são únicas, com coisas que só existem lá, como o coco de mer. Mas o que mais me marcou foi o relacionamento das pessoas com a terra. Elas cuidam porque é tudo o que têm — se perderem isso, perdem tudo. Mesmo com lixo vindo de outros países, vi algo incrível: moradores recolhendo o lixo com sorriso no rosto, mostrando um tipo de gentileza muito poderoso.
A paisagem é tudo que você imagina de um paraíso tropical: águas turquesa, florestas verdes, vida marinha linda e pores do sol que parecem pinturas. Mas Seychelles é mais do que só beleza — é gentil. É inesquecível.
As ilhas podem ser gentis?
Essas com certeza podem. 💚
Um agradecimento especial à Turkish Airlines por tornar nossa viagem para Seychelles confortável e tranquila. Com conexões eficientes das Américas do Norte e do Sul, a Turkish oferece uma das formas mais práticas e agradáveis de alcançar esse paraíso remoto.
A escala no Aeroporto de Istambul foi, por si só, um destaque – moderno, espaçoso e cheio de comodidades perfeitas para conexões curtas e longas. Voar com a Turkish foi mais do que transporte – foi o início da nossa jornada, com hospitalidade, facilidade e cuidado desde o portão de embarque.
Também somos extremamente gratos à Creole Travel Services, a equipe local que garantiu que todos os traslados e arranjos em terra em Seychelles fossem tranquilos, seguros e agradáveis. Desde conexões de ferry e transporte terrestre até as recepções calorosas em cada parada, a Creole Travel trouxe eficiência, conhecimento local e a hospitalidade seychelloise em cada detalhe.
Juntos, Turkish Airlines e Creole Travel Services garantiram que nossa experiência fosse leve do início ao fim – e em cada momento entre um e outro.
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