“Trem de Ferro. Café com pão. Café com pão. Café com pão. Virge Maria que foi isso maquinista? Agora sim. Café com pão. Agora sim. Voa, fumaça. Corre, cerca. Ai seu foguista. Bota fogo. Na fornalha, que eu preciso. Muita força. Muita força. Muita força. Oô…Foge, bicho , Foge , povo, Passa ponte, Passa poste , Passa Pasto , Passa boi , Passa boiada, Passa galho”…
Manuel Bandeira, esse grande poeta, não poderia traduzir em palavras da melhor maneira o delicioso som de um trem a caminho de seu destino.
Pelas amplas janelas do trem de ferro passam pastos, cachoeiras, montanhas e campos. E da chaminé de sua locomotiva um rastro de fumaça vai desenhando no céu azul por onde passa. Nuvens fofinhas dizendo: estou passando. No balanço de suas rodas e sobre trilhos estreitos seu barulho se torna música com gostinho de Minas Gerais.
Um delicioso passeio de Maria Fumaça entre São João Del Rei e Tiradentes, se torna uma excursão imperdível que traz de volta ,um pouco da historia das estradas de ferro no Brasil.
Em 1881 foi o ano de sua inauguração, presidida pelo Imperador Dom Pedro II surgiu então “a mais mineira de todas as estradas de ferro”.
Bitolinha é seu nome e a mais de um século transporta turistas e moradores por essas duas cidades, joias preciosas de nossa Minas Gerais.
Café com pão Café com pão Café com pão Virge Maria que foi isto maquinista? Agora sim Café com pão Agora sim Voa, fumaça Corre, cerca Ai seu foguista Bota fogo Na fornalha Que eu preciso Muita força Muita força Muita força Oô… Foge, bicho Foge, povo Passa ponte Passa poste Passa pasto Passa boi Passa boiada Passa galho De ingazeira Debruçada No riacho Que vontade De cantar! Oô… Quando me prendero No canaviá Cada pé de cana Era um oficiá Oô… Menina bonita Do vestido verde Me dá tua boca Pra matá minha sede Oô… Vou mimbora vou mimbora Não gosto daqui Nasci no Sertão Sou de Ouricuri Oô… Vou depressa Vou correndo Vou na toda Que só levo Pouca gente Pouca gente Pouca gente… |