A paixão pelo mundo vem de casa

1 de maio de 2021
Yngrid Corsini

Esses dias estava relendo alguns textos do Lugares Pelo Mundo de alguns colaboradores e reli um texto da Nanna, em que ela fala sobre como começou sua paixão pelo mundo e a relação dessa paixão com sua família. Eu morro de vontade de ser mãe e entender de fato o que a Nanna escreve, mas enquanto isso não acontece, ainda sou filha. E nesse texto vou passar um pouco do outro lado. 

Primeiramente que para escrever esse texto eu tive que colocar as músicas que eu escutava quando criança. Esses dias me perguntei se os pais conseguem entender o quanto suas escolhas musicais vão influenciar a vida de seus filhos. Mal começou a música e inúmeras lembranças foram surgindo… 

Quando eu tinha 2 anos nos mudamos para Brasília e nessas minhas primeiras memórias lembro de trilhas que fazíamos para chegar a “Dona Gouveia” (Não sei se é assim que se escreve ou diz, mas é assim que eu me lembro). Era uma chácara (eu acho) que tinha várias cachoeiras. EU AMAVA! Tenho muitos flashes de memórias em cachoeiras e “trilhas”. Claro que essas trilhas deviam ser alguns caminhos curtos, mas precisamos dar um desconto afinal eu tinha 6 anos.  (As fotos dessa época não eram digitais portanto estou sem acesso, infelizmente).

Chapada dos Guimarães

Logo que nos mudamos para Campo Grande novamente, em 2000, começou a Era Bonito/Jardim/Bodoquena. Agora já mais velha eu lembro de tantas idas e em vários lugares diferentes que ficávamos. Lembro de campings longos, fogueira, Bob Marley ou Emerson Nogueira tocando… O que me lembra de um texto da Karina, que fala exatamente sobre isso!

Bonito (MS)

Além dessas farras, lembro das viagens mais longas. Já fomos para o Acre de carro, sim, para o Acre! E como sempre, SEMPRE, sempre me perguntam… O que fomos fazer no Acre… A resposta é: Pessoas que amamos muito moram lá! E parem de preconceito com o Acre pois é um estado muito lindo, o norte é incrível e o Brasil é magnífico, em todas suas partes!

Hotel em Cumuruxatiba
Brasília

Fomos também para Bahia, em Cumuruxatiba (e essa viagem merece até um texto a parte), e claro, em cada viagem uma paradinha ali e lá. Chapada dos Guimarães, Lagoa Santa, Valadares (eu acho que era essa a cidade de Minas, rodeada de morros), Santiago, Fortaleza, Jericoacora, Ubatuba, Trindade e Guarujá.


Aventuras, histórias e lembranças não faltam! E eu tenho dentro de mim esse bichinho que picou meus pais. Hoje faço minhas próprias andanças, mas por que um dia eles me ensinaram a andar. Hoje, quando fico 6 meses sem viajar começa me dar um sentimento estranho, uma coceira.

Santiago

Lembro do meu pai chegando a noite e falando do nada, arruma tudo, estamos indo para Bonito. E a gente saia igual doido “catando” tudo, mas amanhecíamos lá, cedo no rio, com meu irmão com seus 6 anos mergulhando igual um peixe, sem boia, sem nada e o outro dando os pulos mais engraçados e eu que sempre esperava todo mundo pular por que não admitia que morria de medo.

Rio Negro (MS)

Eu pulava mesmo com medo, não podia perder a oportunidade, a aventura. E foram tantos momentos assim que me fizeram que eu me apaixonasse pela estrada, pela natureza, pelo Brasil e pelo mundo! E foram essas viagens que me ensinaram a pular, mesmo com medo!


Veja também no LPM

Cá com meus botões.

Há um tempo atrás, li um texto de Ana Thomaz (bailarina e educadora) bastante provocativo no meu julgamento, o qual ela chamou de “A maravilhosa…

Leia Mais