A milenar arte do Papiro

27 de março de 2019
Suzane Hammer

Por volta do ano de 2500 a.C foi que surgiu o precursor do papel que hoje conhecemos e usamos, o papiro. Foi graças a abundância da planta, que leva o mesmo nome, que os egípcios descobriram a valiosa utilidade do material para confecção de suporte à escrita.

Muito utilizado para registrar textos e desenhos da história dos faraós , relatada pelos escribas egípcios da época, também era amplamente utilizado para fabricação de roupas, cestos, embarcações, cordas, pavios de candeeiros a óleo, sandálias e ainda servia de alimento para as pessoas mais carentes e ração para os animais.

O Museu do Papiro no Cairo, apesar de ter o nome de Museu, na realidade é uma belíssima loja com os mais belos Papiros já produzidos. Assim como outras diversas lojas nas principais cidades do Egito que produzem e comercializam tão belo artesanato.

Embora nas principais cidades do Egito é possível encontrar lojas que o comercializam.

Com uma infinidade de tamanhos, cores e preços, vale a pena uma visita principalmente pela ótima aula presencial de como o Papiro é feito .

Bastante artesanal, a demonstração começa com a explicação sobre a planta do Papiro. Muito abundante pelas margens do rios da África e  em especial o Rio Nilo, seu caule em formato triangular , lembram as pirâmides e suas folhas que parecem raios, sugerem devoção ao deus Sol.

O caule é cortado em tamanho desejado e tem sua parte verde retirada. Finas camadas da polpa são cortadas e com um martelo de madeira, as tiras são amassadas fazendo com que a água na planta comece a se soltar.

Com um rolo de madeira, as tiras são alisadas para que mais água seja liberada. Após esse procedimento, as tiras são mergulhadas em água limpa e permanecem assim durante 5 a 6 dias.

Após esse período, as tiras são retiradas da água e sobrepostas sobre um tecido de algodão uma a uma e colocadas em uma prensa por mais  5 ou 6 dias. E assim surge o Papiro. Pronto para receber a pintura que pode ser impressa ou pintada a mão.

Seu preço não é barato mas estamos falando praticamente de uma obra de arte. Hoje já existem técnicas mais modernas que utilizam até tintas fosforescentes que brilham na escuridão mostrando desenhos ocultos á exibição de luz.

Mas vale a pena trazer  um exemplar legítimo e com certificado de garantia emitido pelas lojas credenciadas, afinal, é uma lembrança única.

Muitos papiros feitos de casca de banana podem ser encontradas facilmente por toda Egito e para quem não conhece é difícil a identificação. Por isso, vale a pena perder uma horinha no Museu do Papiro, mesmo que seja somente para apreciar. São trabalhos que realmente valem a visita e admiração.

Para finalizar, uma dica: negocie bastante! Os egípcios adoram a arte da barganha. E nós também!

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