Serro: De diamantes aos queijos artesanais

11 de janeiro de 2019
Suzane Hammer

Poucos talvez conheçam a pequena cidade de Serro que faz parte do Caminho dos Diamantes e Estrada Real em Minas Gerais.


Do alto da Igrejinha de Santa Rita construída no século 18, pode se avistar a cidade de casario muito bem preservada de arquitetura colonial e emoldurada por serras verdejantes, transformando o cenário em uma perfeita pintura de um quadro mineiro.

Foi uma das primeiras cidades de Minas Gerais  e consequentemente do Brasil. Mais antiga até que Diamantina.

Distante 240 km de Belo Horizonte, região central da Serra do Espinhaço. Serro foi a primeira cidade brasileira a ser tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional  – IPHAN, em 1938.


O povoado surgiu no século XVIII e devido a sua riqueza em ouro e  diamantes, foi intensamente explorada por Bandeirantes Paulistas e Nordestinos.   Durante aproximadamente 100 anos a região foi exaustivamente explorada e após o esgotamento dos minerais a cidade foi quase  esquecida, o que ajudou a preservação de um rico
patrimônio histórico e cultural.


Do alto da Igreja de Santa Rita 58 degraus de pedras rústicas  nos levam até a praça principal da cidade. Casinhas brancas com molduras coloridas em torno de suas janelas, telhados coloniais, igrejas que guardam obras de arte barrocas, ruas de pedras muito bem conservadas, fazem com que seu visitante se encante pela cidade logo ao chegar.

Sua população pacata é rica em simpatia e receptividade. Cultivam suas festas religiosas, folclóricas e a deliciosa gastronomia com muito orgulho.

Serro apesar de pequena possui um título invejável de Primeiro Patrimônio Imaterial do Brasil com seu famoso Queijo do Serro. Produzido de forma artesanal por pequenos produtores da região já ganhou prêmios internacionais, competindo com os famosos queijos franceses.


A receita desse famoso queijo tem suas origens em Portugal no século XVIII  e o tipo de pasto, clima, gado e relevo, são fundamentais para a produção desse queijo de massa macia e após a cura  produz uma casca mais rústica. Anualmente são realizados concursos dos melhores queijos da região, combinada com festa e direito à tropeiros
desfilando pela cidade.

A produção desse maravilhoso queijo é de grande importância para a economia da cidade e de seus moradores.

“Uma viagem no tempo” esta é a sensação que  temos quando caminhamos pelas ruas de pedras  de Serro, pela gentileza de sua população que de suas janelas admiram os turistas cada vez mais frequentes na paisagem de sua adorável cidade.

Turistas que com suas modernas câmeras e celulares registram o retrato de um passado da historia de Minas Gerais. Exploram dezenas de cachoeiras muito abundantes na região, historias do passado  retratadas em casarões, pequenos museus e igrejas,  que transformaram a procura por diamantes no passado  em sua identidade
do presente.     

Crédito: Secretaria Turismo Minas Gerais

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