Colonizada por franceses, a província do Quebec oferece paisagem paradisíaca num ambiente de conforto e com uma simpatia inigualável.
A maior parte da população da província (cerca de 8 milhões de habitantes) vive numa estreita faixa de terra que segue o rio São Lourenço, que vai de Gatineau, passando por Montreal e Trois Rivières, até chegar à cidade do Quebec. Aliás, o nome vem do dialeto algonquino, que significa ‘estreito’.
A forte influência francesa, presente desde os primórdios da colonização do Canadá, torna a província bastante diferente do restante do país. O francês é o idioma oficial e sua população é majoritariamente católica, ao contrário do resto do país onde protestantes predominam.
Uma boa forma de chegar à cidade é de trem, vindo de Montreal, uma viagem “ultraconfortável” de pouco mais de três horas. Ao desembarcar na Gare Du Palais, a estação ferroviária, vê-se logo o potencial arquitetônico do que vai encontrar mais tarde.
É fácil apaixonar-se por Quebec. É pequena e cercada por muralhas (a única na América do Norte), com recantos que lembram um pouco Paris, tem até mesmo um castelo, o Château Frontenac, construído no final do século XIX, ponto de visita obrigatória e cartão postal. A cidade pode ser percorrida a pé ou admirada em um passeio de barco pelo rio São Lourenço, que nesse trecho recebe até navios de grande calado.
Na Velha Quebec, cercada por muros e construída na parte alta, abriga o castelo (hoje hotel luxuosíssimo) e a Citadelle, com diversas ruas pitorescas e construções bem antigas, além de diversos museus, restaurantes, galerias de arte e muito mais. Do alto tem-se uma bela vista da cidade e do rio São Lourenço.
Caminhar por suas ruas estreitas é mergulhar no mundo das artes e da música. Em cada canto um artista de rua demonstra seu talento tocando jazz, cantando óperas, fazendo mímicas e mágicas. É muita gente competente disputando a atenção de turistas e transeuntes. Um passeio que faz bem para os olhos e encanta a alma.
Na Cidade Baixa, do lado de fora das muralhas, ficam o Museu da Civilização (85, rue Dalhousie) que mostra Quebec no período colonial, e o Museu Nacional de Belas Artes do Quebec (Parc dês Champs-de-Batalle). A Place Royale, junto ao rio São Lourenço, uma das mais típicas da Cidade Baixa, data do século XVII, quando ali funcionava um mercado. Hoje é um centro de atividades artísticas.
Queda d’água
Entrar em contato com quedas d’água é sempre uma emoção. Cerca de 10 minutos de carro do centro da cidade está o Montmorency Falls Park. Com 84 metros de altura e 150 de largura são as mais altas da província do Quebec e 30 metros maior do que a famosa Niagara Falls, na fronteira com os Estados Unidos.
O nome das quedas foi dado em 1613 por Samuel de Champlain. Ele nomeou em homenagem a Henrique II, duque de Montmorency, que serviu como vice-rei da Nova França (atual província do Quebec) de 1620 até 1625.
No local há escadas que permitem aos visitantes ver as quedas a partir de várias perspectivas diferentes. Uma ponte suspensa sobre a crista das quedas fornece acesso a ambos os lados do parque, bem como uma vista espetacular. Um sistema aéreo de bondes transporta os passageiros entre a base e a parte superior das quedas. No verão o local recebe uma competição internacional de fogos de artifício com as águas como pano de fundo. As quedas tornaram-se bastante conhecidas quando passaram a compor cenário de filmes de ação, romance e drama.
No verão, o Cirque Du Soleil se apresenta ao ar livre numa área formada por vários viadutos – semelhante ao cebolão de São Paulo – com entrada franca aos que não se importam em assistir a apresentação em pé. Só pagam as pessoas que quiserem sentar nas cadeiras.