A cidade Zigurats, localizada no município de Corguinho, no Mato Grosso do Sul, aparece como um projeto inovador que rompe com os estereótipos sobre as cidades do MS e do Brasil devido suas pirâmides. Idealizada pela Associação Dakila Pesquisas, Zigurats é concebida como uma cidade do futuro, dedicada à pesquisa científica, inovação tecnológica e ao desenvolvimento sustentável.
Inspirada nas antigas construções sumérias conhecidas como zigurates, a cidade apresenta uma arquitetura diferenciada, com prédios em formatos arredondados, piramidais e escalonados. Essas construções não apenas tornam a estética do lugar única, mas também refletem princípios de sustentabilidade e resistência a fenômenos naturais, como vendavais, seguindo padrões inspirados na simetria da natureza, segundo seus idealizadores.
O Centro Tecnológico Zigurats (CTZ) é um dos pilares da cidade, abrigando o primeiro observatório astronômico do estado. Equipado com um telescópio de 350 mm de diâmetro, o observatório permite pesquisas em astronomia, sismologia e climatologia. Desde sua inauguração em 2009, o CTZ tem sido importante para pesquisas, visitas técnicas de escolas e universidades e excursões turísticas. Embora, ainda há pouca divulgação acadêmica sobre os estudos realizados no local.
Outro marco emblemático da cidade de Zigurats é o monumento escalonado de 63 metros de altura, em construção desde 2018. Este edifício multifuncional tem a intenção de abrigar centros de lazer, cultura e turismo, incluindo museu, cinema, salas comerciais e temáticas, centro de convenções e uma biblioteca. Além de servir como polo comercial e cultural, o monumento funcionará como um laboratório para pesquisas em áreas como física quântica e energias renováveis.
A comunidade de Zigurats valoriza a sustentabilidade e a autossuficiência, contando com sistemas próprios de abastecimento de água e produção de alimentos. O consumo de produtos industrializados é evitado, sendo priorizados alimentos cultivados na própria comunidade ou adquiridos de comunidades quilombolas próximas. A energia é gerada por meio de tetos solares, e a gestão de resíduos inclui compostagem de lixo orgânico e reciclagem de materiais.
De acordo com publicações da própria Associação Dakila Pesquisas, a cidade implementou um sistema de captação e filtragem de água da chuva para reduzir o consumo de recursos hídricos. Além disso, algumas construções utilizam materiais ecológicos e técnicas que visam o conforto térmico sem depender de climatização artificial.
Desde sua concepção nos anos 1990 por Urandir Fernandes de Oliveira e um grupo de pioneiros, a Cidade Zigurats tem evoluído como um centro de inovação e conhecimento. Sua proposta multidisciplinar alia ciência e cultura promovendo um modelo de sociedade que busca oferecer contribuições significativas para o mundo em termos de pesquisa e sustentabilidade.
O reconhecimento internacional veio em 2022, quando Zigurats foi incluída na lista das “100 Melhores Histórias de Destinos Responsáveis” da Green Destinations, uma organização que premia histórias inspiradoras de boas práticas no turismo mundial. Além disso, a cidade também é conhecida por sua conexão com estudos ufológicos, um aspecto que atrai tanto entusiastas quanto céticos.
Assim, a Cidade Zigurats representa um exemplo inovador e multifacetado do Mato Grosso do Sul, oferecendo ao mundo um próximo modelo de integração entre ciência, cultura e sustentabilidade, embora sua proposta ainda gere debates no meio acadêmico e científico, ter proposta assim no território brasileiro é abrir debates e investimentos importantes para o conhecimento e pesquisas do mundo.
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