Eu sou assim: gosto mesmo é de conhecer aquelas cidadezinhas europeias pequeninas, escondidas em meio a montanhas, que parecem saídas de contos de fadas. Pouco conhecidas quando comparamos com as gigantes capitais do Velho Continente, é possível conhecê-las em apenas um dia batendo perna.
Costumo planejar minhas viagens pensando sempre em incluir pelo menos um bate-volta em alguma. Por mais que às vezes fiquem fora do caminho, com certeza valem a pena por todo o seu charme e paisagens encantadoras. Confira abaixo uma lista de três cidades para visitar na Europa:
HEIDELBERG
Caí em Heldelberg por acaso, e que sorte a minha! Era outubro e os preços exorbitantes da Oktoberfest me impediram de ir para Munique. Foi então que escolhi Heidelberg, sem saber nada sobre a cidade, indicação de minha mãe – na época eu não costumava planejar muito minhas viagens.
Heldelberg fica ali no sudoeste da Alemanha e reúne tudo que eu mais gosto em uma área pequena: um castelo centenário no alto da colina, um rio que corta a cidadezinha, uma bela ponte e aquelas casinhas típicas europeias rodeadas de muito verde. Não tem como dar errado.
Quando eu cheguei ali, ainda estava rolando um festival de rua, com bandas tocando por todas as partes, brechós ao ar livre (ou seja, muitos alemães vendendo seus pertences no meio da rua), comidas e bebidas típicas e um clima divertidíssimo. A cada esquina uma surpresa boa. Vale muito a pena incluir no roteiro. É bem visitada no país, mas acredito que não tão conhecida por brasileiros. Ah, e também é uma cidade universitária, com a universidade mais antiga da Alemanha!
HALLSTATT
Hallstatt, na Áustria, Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, poderia ser a cidadezinha da Bela e a Fera. Certamente é um dos locais mais lindos que já conheci em todas as minhas viagens.
Me hospedei em Salzburgo, uma cidade conhecida ali na parte centro-norte do país, onde há uma oferta maior de hospedagem. De lá, o caminho não é tão simples: de transporte público pode durar entre 2h e 3h, com algumas trocas.
Eu peguei um ônibus, um trem e mais um ferry para atravessar o lago Hallstatt. E que lugar! Escondido no meio das montanhas, com um lago na frente e casinhas nas encostas, a paisagem é mesmo de tirar o fôlego (me desculpem o clichê da expressão). As cores, a arquitetura, a natureza, tudo se mistura e se transforma nesse lugar que parece irreal, absurdo, de tão bonito.
Vale a pena caminhar entre as ruazinhas e conhecer o centrinho da cidade. Há também um ponto de observação para ver toda aquela paisagem de cima. Eu fiz uma trilha para chegar lá, mas também é possível subir de funicular – já que a subida é grande! Na cidadezinha também há um passeio pela mina de sal mais antiga do mundo, que não cheguei a fazer, mas é bem conhecido. Fiz um bate-volta e a vontade é de voltar e ficar pelo menos uma noite.
INVERNESS
Ah, a Escócia! Um país que surpreende e muito. Eu, que não sou adepta do frio e da chuva, amei cada cantinho que visitei ali – mesmo que fosse “verão” e a temperatura não passasse dos 15°C, com chuviscos o dia todo.
Foram 20 dias que passei na Grã-Bretanha, três países e 11 cidades, e foi na região norte que achei meu lugar preferido. Inverness parece de mentira de tão linda que é. Também tem um rio que corta a cidadezinhas e um castelo centenário, o Inverness Castle, que não é aberto ao público, mas tem uma torre de observação.
É uma delícia se perder pelas ruazinhas da cidade e experimentar comidas e bebidas locais. Lá é também uma base para fazer o famoso passeio pelo Lago Ness – quem sabe você não dá sorte de avistar o monstro? – que passa pelas ruínas do Castelo de Urquhart.
A Europa é cheia desses cantinhos escondidos e maravilhosos. Vale a pena pesquisar quando estiver montando o roteiro e incluir pelo menos uma na viagem.
por Cléo Calil – @cleoaudi