Viajo sozinha, mas sozinha eu não fico

30 de junho de 2019
Yngrid Corsini

Viajem sozinhos!  É sério. Se tem uma coisa deliciosa é ir despretensiosamente para algum lugar aberto a se surpreender. E todas as vezes que eu fiz isso, eu fui presenteada de tal forma que se quer posso contabilizar. Mas de tudo uma coisa é certa, eu posso ir sozinha, mas sozinha não fico.

Minha última aventura foi para o Rio de Janeiro. Não conhecia a Cidade Maravilhosa e já me sentia uma brasileira um tanto fajuta. Quando estive fora do Brasil todo mundo ao saber que era brasileira me perguntava sobre o Rio, aliás, não raro eram aqueles que me diziam que tinham conhecido o Rio, e eu não. Comecei a me sentir excluída do meu próprio país. Que absurdo. Agora não mais.

Pôr do Sol no Arpoador

Tudo começou quando ao ler os mil blogs e sites sobre viagens que diariamente leio, tanto para conhecimento como para meu trabalho, descobri o Buser, um novo aplicativo de viagens que trabalha com fretamento de ônibus e assim oferece passagens muito mais baratas que as convencionais ( e ah, é seguro viu? Pode ir que é sucesso!). E como incentivo a primeira viagem era por apenas 10 reais. Ah não, uma viagem por 10 reais era provocação. Como estão no começo, agora ainda é possível enviar um convite para os amigos se cadastrarem e você ganha créditos. Resultado: ida e volta por apenas DEZ REAIS.

Pra onde vou? Rio de Janeiro. Comprei sem nem saber ainda onde ia ficar, o que ia fazer. Eu ia. Ia sozinha, apenas ia. E fui. Resolvi pensar no que eu faria lá um dia antes de ir. Falar com amigos que moram por lá. Pesquisar aqui e acolá.

Em outro texto vou falar sobre Paquetá, o primeiro lugar que visitei. Mas agora não vou me aprofundar. A questão que quero pontuar é sobre o tesouro de conhecer e fazer amigos pelo mundo, em cada visita, em cada viagem, em cada lugar.

Paquetá

Fui despretensiosa, sem saber o que esperar. Em cada dia da pequena aventura conheci várias pessoas. Fui de grupo para praia, conheci cariocas, mineiros, paulistas, argentinos, colombianos e outros que não lembro de onde vieram, mas estavam todos por lá… Alguns moravam, outros estavam visitando como eu. Que delícia é voltar para casa com amigos. Mais que fotos, o que se leva são esses sorrisos na minha memória, os abraços de bem-vinda, as despedidas que terminam com… “Vamos nos ver novamente”, “Que bom que te conheci”, “Que alegria te ter por aqui”.

Por isso eu afirmo, viajem sozinhos, e vão abertos a não estar. Vai ter sempre companhia, conversa boa, gente para te mostrar novas visões, informações, perspectivas e olhares. E com toda certeza posso dizer que o que mais me alegra em viajar, para qualquer lugar, são esses pedacinhos de todos que atravessam meu caminho e compõe o mosaico colorido que sou, e essa é a lembrança que pra sempre em mim vai estar.

Veja também no LPM

2020: o ano da virada

Depois de levar um dos maiores tombos da minha vida (como contei nesse primeiro texto), eu precisava dar uma virada. Não dá para ficar caída para sempre…

Leia Mais

Línguas e Linguagens

Sinceramente dei muita sorte em nascer em uma terra que fala português brasileiro.Nossas palavras têm história. E é mais do que língua, é nossa linguagem!

Leia Mais