A riqueza e curiosidades do Pantanal sul-mato-grossense

15 de junho de 2023
LPM

O Pantanal é conhecido não só para nós brasileiros, mas também para os visitantes estrangeiros, como uma das maiores riquezas do nosso Brasil. A maior planície alagável do mundo também é reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Natural da Humanidade. E toda essa sua importância e reconhecimento são rapidamente confirmados quando nos deparamos com o destino.

A Reserva da Biosfera chamada de Pantanal é um bioma extremamente rico e abundante quando o assunto é fauna e flora brasileira por se tratar de uma área de transição entre Cerrado e Amazônia, com áreas de caatinga e Mata Atlântica, trazendo diferentes estilos de meio ambiente. Grande parte da biodiversidade presente em todo nosso país estão agrupadas no Pantanal e com isso, muitas atividades presentes também envolvem esses biomas, como a contemplação e interação com a vida selvagem em seu habitat mais natural possível. 

Estima-se que vivem cerca de 230 espécies de peixes, 80 tipos de espécie de mamíferos, 650 de aves, 50 de répteis, além claro, de alguns outros animais com um pouco mais de destaques como tuiuiú, araras, onças-pintadas, lobo-guará, jacarés, e capivaras. Essas características acabaram transformando o Pantanal no 4º melhor destino de apreciação de vida selvagem no mundo, eleito em 2015 pela USA Today. 

Então as atividades de aventura e observação animal ganham cada vez mais força como atividade turística, com passeios de barco e caminhonetes, chalana, safáris fluviais e pelas florestas, passeios à cavalo pelos rios e corixos, trilhas, visitando importantes regiões do Pantanal para apreciar esse ecossistema.

Sua localização no centro-oeste e seus 220 mil km² extensão que se divide pelos estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, além dos países como Paraguai e Bolívia que trouxeram muita diversidade na formação cultural do Estado do Mato Grosso do Sul como um todo. Em solo brasileiro, o Pantanal atinge 120 mil km².

No estado do Mato Grosso do Sul, o Pantanal se divide entre municípios de: Anastácio, Aquidauana, Corumbá, Miranda, e Ladário. Cada um deles, com histórias e particularidades que traduzem ao pé da letra o significado de cidade pantaneira, integrando o cotidiano urbano com a natureza e suas tarefas. Além de ótima infraestrutura para atender diferentes públicos buscando aventuras de ecoturismo no Pantanal, a maioria dos passeios abertos ao público ficam em fazendas particulares, que trazem em seu DNA a conscientização e preservação ambiental e cultural do destino como um todo. 

Assim como na região de Bonito e Serra da Bodoquena (e por todo estado do Mato Grosso do Sul), a importância do Ecoturismo.

Cultura e simplicidade do Pantanal

Os pantaneiros durante muitos anos de convivência com a natureza aprenderam a ler e respeitar os movimentos do seu santuário. Conhecem os períodos de seca e enchente de seus territórios como ninguém, influenciando diretamente em todo universo ao redor do Pantanal. As atividades de agropecuária, e principalmente turística, são baseadas nesses períodos.

E a cultura do povo pantaneiro pode ser facilmente reconhecida por algumas de suas tradições e aspectos bem característicos como por exemplo, nas atividades de trabalho em suas terras, em rodas de músicas com viola, seu vestuário típico, linguagem, alimentação e o berrante que acompanha suas comitivas. 

Comitivas essas, que estão ligadas também aos períodos climáticos mencionado acima, pois muitas dessas expedições são para levar e buscar animais quando as terras são alagadas pela chuva. A comitiva é formada por grupos de “peões” com responsabilidades bem definidas para cada um. A ação das comitivas também são necessárias quando há transporte/venda dos animais para outras terras.

Como mencionamos no texto sobre a cultura do Mato Grosso do Sul e sua miscigenação, esse conjunto de elementos históricos e culturais foram moldados e influenciados ao longos dos anos pela participação de imigrantes e visitantes de outras regiões do Brasil.

Mas além disso, em suas festividades fazem questão de serem o mais tradicional possível para manter vivo seus costumes.

Uma das festividades realizadas no município de Miranda, chamado de Noite Pantaneira, traduz a fundo os costumes, gastronomia e atividades do Pantanal. Pensado como uma forma de perpetuar as tradições locais, conta com música, dança, folclore, cultura indígena como a terena e muito mais da rotina pantaneira. Qual a melhor forma de “entender” uma cultura, se não mergulhado nela?! Essa é a proposta. 

Outra forma de preservar a identidade pantaneira é apresentada no Memorial do Homem Pantaneiro, localizado na região de Corumbá, no edifício Casa Vasquez, sede do Instituto Homem Pantaneiro (IHP). Entre as atividades promovidas, estão o desenvolvimento de pesquisas, proteção de áreas, exposições, bibliotecas e sala de vídeos. Além de diálogos e parceria entre instituições importantes como Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), através de termos de colaboração e trabalhos conjuntos desenvolvidos em Corumbá, e na Serra do Amolar.

Com a atenção e cuidado (necessário) que o Ecoturismo no Pantanal ganha a cada ano, o vaqueiro tradicional, também chamado de peão pantaneiro, ganha a tarefa de guia turístico, compartilhando todo conhecimento e curiosidades da região.

Para saber mais sobre o Pantanal sul-mato-grossense, acesse o site oficial: https://www.visitms.com.br/istoems/

Esse conteúdo é uma parceria com a Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul

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