Capítulo 6: Os Garotos de Liverpool

4 de julho de 2020
Léo Oliveira

Antes de começarem a ler, dê play neste vídeo do Youtube e escute “The Beatles – Help”, para entrarem no clima.

Lembram-se que no capítulo 4 da história eu disse “por quê tudo tinha que ser tão corrido com a gente?”

Pois bem… Em nosso último fim de noite em Londres, estávamos dividindo um adaptador de carregar o celular, pois as tomadas eram diferentes por lá. Então, o Vini disse:
– Cara, temos que estar na rodoviária às 7h30 para pegarmos o ônibus para Liverpool, você consegue acordar?
Cheio de confiança no peito, disse:
– Deixa comigo! Carrega seu celular, e me acorda no meio da noite para eu colocar o meu em seguida.

O problema é que: eu tenho o sono mais pesado que a galera em fim de feijoada em casa. O Vini disse que me acordou no meio da noite e entregou o adaptador, eu agradeci, mas, coloquei ele do meu lado, dormi, e o celular descarregou.

Eu não lembro de nada disso.

7h00 da manhã, sou acordado da maneira que deveria:
– LÉO! ACORDA, MERDA! VAMOS PERDER O ÔNIBUS!

Pensem assim, temos:
– Velocidade da luz
– Velocidade do som
– E agora, velocidade Léonicius

O que a gente correu, e com nossos mochilões nas costas, não está escrito.
Chegamos 7h29 por lá, e graças a todos os anjos da guarda presentes na rodoviária, entramos no ônibus. Adrenalina logo pela manhã, ninguém merece.

Foram cerca de 4 horas no ônibus, até chegarmos na cidade, e que cidade… (ouçam agora “The Beatles – Come Together”).

Fomos no museu dos The Beatles, fizemos o tour dos The Beatles, conhecemos as antigas casas dos The Beatles, The Beatles, The Beatles, The Beatles… só faltou nos vestirmos como um, e sermos chamados de John Léonnon e Paul MaChadotney.

Ao final do tour, iríamos até o The Cavern, lugar onde a banda sempre tocava, e onde seria nossa despedida também, pois depois de 7 dias, cada um seguiria um rumo diferente.

Entretanto, como nossa vida não é fácil…

Nós e nossos mochilões estávamos a caminho do bar, quando um grupo de forasteiros bêbados nos parou na rua, e chamou para uma cerveja. Preocupado, pensei em falar “não, obrigado, temos que dar banho no nosso peixe, e…” antes mesmo de falar algo, o Vini disse:
– Demoro!!!
Eu só olhei pra cara dele e falei:
– Cara…

Chegamos no bar e, bom, vocês vão entender o que houve… ou não.

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