Capítulo 2: Um Plano por Água Abaixo em Paris

6 de junho de 2020
Léo Oliveira

Paris foi nosso primeiro destino, o Vini e eu ficamos hospedados em um hostel um pouco distante do centro, achávamos que seria tranquilo, pois há trens e metrôs espalhados pela cidade inteira, além do preço valer muito a pena.

Para ser sincero, o hostel parecia estranho, mas ali estava a primeira barreira que você tenta quebrar quando decide sair da sua zona de conforto: o preconceito contra certas coisas em sua cabeça.

Cama nada confortável, banheiro horrível, escadas com barulhos de madeiras soltas, ver pessoas te encarando e conversando entre si em suas línguas nativas… estávamos em Paris! O que poderia dar errado?

Foto: Léo Oliveira

Visitamos cada lugar, e aproveitamos a cidade como ninguém, andando cerca de 25 a 30kms por dia. Pelo caminho, encontramos amigos que nos ajudaram, conhecemos pessoas e muito da cultura francesa também, mas, voltando à questão do parágrafo anterior: o que poderia dar de errado?

Em nossa última noite, exaustos, chegamos lá pelas 22h em nosso quarto, e como em todas as outras noites, fomos abrir o cofre, onde guardávamos nosso dinheiro e documentos, para não arriscarmos andar com tudo aquilo nos bolsos, já que não levamos cartões pré-pagos.

Então, o maior pesadelo de nossas vidas aconteceu, e ao abrirmos o cofre, com nossa senha, vimos que apenas nossos documentos estavam lá.

Olhamos um para o outro, incrédulos, e começamos a revistar todas as nossas coisas, mochilas e bolsos possíveis. Em segundos, o desespero e o nervosismo tomaram conta.

Naquele momento, meu mundo parou, e quando me dei conta, estava congelado e sem mais nenhuma reação.

Fomos roubados em Paris

Uma viagem que planejávamos há 4 anos, um dinheiro que comecei a guardar desde que comecei a trabalhar, €1800 meus, €600 do Vini.

Minutos depois, alguns romenos que estavam hospedados em nosso quarto, entraram, e viram o que tinha acontecido, se mostraram amigáveis, mas a frase “é, acontece… vocês deveriam ter levado esse dinheiro com vocês”, me fazia ter vontade de levantar e bater a cabeça de ambos, além de vê-los conversando em suas próprias línguas, rindo suavemente de nossas caras.
Nós fomos roubados! Não somos os culpados!


A todo momento, o Vini foi o cara quem colocou os pés no chão, (e olha que ele calça sapatos número “quarenta e dez”), porque eu não conseguia nem falar direito. A gente acha que certas coisas nunca acontecerão com a gente, mas se você não for esperto, existem pessoas ruins em todo lugar.

O que viria a seguir, é a maior prova de que não importa a situação que você esteja, tudo pode melhorar… ou piorar.

 

Foto: Léo Oliveira

Texto por:  Léo Oliveira, o Lobo Solitário.
Aquele que decidiu viver uma vida a ser lembrada. Por ele, e por todos.

Para essa e mais histórias, acesse o Instagram: @leotsgou

 

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