Maternidade, magia e sentido: Como Seychelles deu aos meus filhos – e a mim – muito mais do que memórias

Por Gisele Abrahão 

Como mãe, não há nada que eu deseje mais do que criar filhos conscientes – de si mesmos, dos outros e do mundo lindo (e frágil) ao nosso redor. Quero que a Giovanna e o Thomas vivam com o coração aberto, a mente curiosa e um profundo respeito pela vida em todas as suas formas. Essa é a minha maior missão. E cada vez que viajamos, vejo essa missão florescer – especialmente durante nossa inesquecível viagem de primavera para Seychelles em 2025. 

Essa viagem não foi apenas uma pausa. Foi uma mudança de perspectiva. Depois de perder meu pai em janeiro, algo dentro de mim despertou com ainda mais urgência. Temos apenas um tempo limitado. O “depois” em que tanto confiamos, nem sempre chega. Então dissemos “sim” agora – e nos presenteamos com o espaço para simplesmente sermos. E o que aconteceu naquelas ilhas? Transformação. 

Para mim, e mais intensamente ainda, para eles. 

North Island – A Natureza como Mestra Sagrada

A própria jornada até a North Island foi uma lição de respeito. Como a Giovanna observou lindamente, a ausência de um píer não era um descuido – era um ato de amor pela vida marinha. “Esse nível de cuidado e intencionalidade mudou a forma como vejo o mundo”, escreveu. Com apenas 10 anos, sua alma absorveu um valor que muitos adultos nunca aprendem: viver em harmonia com a natureza, em vez de dominá-la.

North Island era selvagem e elegante. Tartarugas gigantes vagavam livres – símbolos vivos de resistência e paz. Nossa vila era cercada por árvores e céu, misturando luxo com simplicidade. E sim, tínhamos mordomos – Kiki e Douglas – que se tornaram parte da família.

Os destaques? Ver tartaruguinhas recém-nascidas enfrentarem sua jornada quase impossível até o mar. Yoga matinal sob céus cinzentos. Alimentar tartarugas que esticavam seus pescoços como sábios anciãos. Rir na piscina sob as estrelas enquanto morcegos voadores cruzavam o céu. Esses não foram apenas momentos. Foram marcas profundas.

Thomas, que completou 12 anos, me surpreendeu com suas reflexões. Ele notou a resiliência da ilha – o modo como foi resgatada de espécies invasoras e danos ecológicos. Admirou a decisão do proprietário de dizer não às grandes redes hoteleiras, priorizando a sustentabilidade e a preservação. E ficou encantado com o céu noturno. “Parece que éramos os únicos na Terra”, disse. E eu entendi exatamente o que ele quis dizer.

Praslin – Conexão, Curiosidade e Coco de Mer

Depois veio Praslin – uma ilha mais suave, mas igualmente mágica. Nossa casa no Raffles estava incrustada nas colinas, com vistas espetaculares do mar. Começávamos cada dia com intenção – cafés da manhã flutuantes na piscina, caminhadas por santuários de palmeiras e aprendizados inesquecíveis com a natureza.

No Vallée de Mai, nosso guia apaixonado, Derek, nos apresentou ao famoso coco de mer, cuja beleza simbólica marcou profundamente as crianças. Giovanna brincou dizendo que “a natureza não mente”, comparando o formato das palmeiras masculinas e femininas às dinâmicas da vida real. Por trás da risada, havia percepção – uma consciência crescente de que a natureza tem sabedoria, se estivermos dispostos a ver.

Thomas ficou fascinado com o equilíbrio entre proteção e experiência. Plantou árvores, aprendeu sobre espécies endêmicas e refletiu sobre o impacto a longo prazo. “Daqui 20 ou 30 anos, vamos voltar e ver os coqueiros crescendo”, disse, com os olhos cheios de esperança. Essa é a semente que quero plantar neles: legado.

Até o humor teve seu espaço. Os rituais de acasalamento das tartarugas foram um verdadeiro reality show e rimos muito. Mas isso também fez parte – a vida real, crua e autêntica.

Alphonse Island – Presença, Brincadeira e Cuidado com o Planeta

E por fim, Alphonse. Um atol remoto, acessível apenas por avião pequeno. Para mim, essa ilha parecia uma carta de amor à natureza – cada detalhe pensado com carinho, cada hóspede incentivado a desacelerar e observar.

Exploramos de bicicleta. Mergulhamos com tartarugas marinhas. Participamos de palestras de conservação que despertaram grandes reflexões em pequenos corações. A apresentação sobre arraias-jamanta comoveu a Giovanna – e a deixou um pouco revoltada – com a injustiça dos “medicamentos” que ameaçam esses seres majestosos. Thomas absorveu os aspectos científicos – aprendeu como os animais são rastreados para melhor compreensão de seus comportamentos. Ele viu o valor da pesquisa, da ação, do conhecimento.

Remamos em caiaques por águas cristalinas, almoçamos com os pés na água em um banco de areia e encerramos uma das noites deitados na pista do aeroporto, olhando as estrelas. “Demos nomes às estrelas cadentes”, Giovanna sussurrou para mim depois. “Foi a coisa mais incrível que já fiz.”

No último dia, fui com Giovanna na expedição Blue Safari, enquanto Thomas pescava com o Chris. Ela ficou em silêncio por um tempo, e depois disse: “Nem sei como descrever isso. Acho que essa viagem me transformou.” Meu coração explodiu. Era tudo o que eu queria.

Criando para Florescer

Viajar com meus filhos não é uma fuga – é uma evolução. Quero que vejam a vida não apenas por sua própria lente, mas através do mundo. Que entendam diferentes culturas. Que respeitem todos os seres. Que façam perguntas. Que se apaixonem pelo planeta – e se sintam responsáveis por ele. 

Tenho um orgulho imenso de quem eles estão se tornando. De como se entregaram a essa jornada. Presentes, conscientes, curiosos. Suas reflexões foram meu maior presente. 

Essa viagem às Seychelles me lembrou que, mesmo com o mundo pesado, confuso e barulhento, ainda temos o poder de escolher. De desacelerar. De nos reconectar. De viver com propósito, amor e presença. 

E como mãe, não há nada mais poderoso do que ver seus filhos vivendo plenamente – com o coração aberto, olhos brilhando e alma enraizada. 

É esse tipo de vida que quero que eles sigam dizendo “sim”. 

E estarei sempre, sempre ao lado deles, torcendo por cada passo. 

Eternamente uma aprendiz do mundo 🌍💚 

✈️ Nota de Viagem: Chegando às Seychelles com Turkish Airlines e Creole Travel Services

Um agradecimento especial à Turkish Airlines por tornar nossa viagem para Seychelles confortável e tranquila. Com conexões eficientes das Américas do Norte e do Sul, a Turkish oferece uma das formas mais práticas e agradáveis de alcançar esse paraíso remoto.

A escala no Aeroporto de Istambul foi, por si só, um destaque – moderno, espaçoso e cheio de comodidades perfeitas para conexões curtas e longas. Voar com a Turkish foi mais do que transporte – foi o início da nossa jornada, com hospitalidade, facilidade e cuidado desde o portão de embarque.

Também somos extremamente gratos à Creole Travel Services, a equipe local que garantiu que todos os traslados e arranjos em terra em Seychelles fossem tranquilos, seguros e agradáveis. Desde conexões de ferry e transporte terrestre até as recepções calorosas em cada parada, a Creole Travel trouxe eficiência, conhecimento local e a hospitalidade seychelloise em cada detalhe.

Juntos, Turkish Airlines e Creole Travel Services garantiram que nossa experiência fosse leve do início ao fim – e em cada momento entre um e outro.

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