Atyab at-tihani bimunasabat hulul shahru Ramadan al-Mubarak
A citação acima quer dizer: “As mais preciosas congratulações por ocasião da vinda do Ramadã.” Esse é um cumprimento muçulmano e traduz exatamente o sentimento dos islâmicos ao se aproximar dessa data tão importante para os seus fiéis.
Há sempre muita confusão quando se trata do mundo árabe, suas religiões e tradições. A primeira coisa, que é sempre importante salientar é que nem todo árabe é muçulmano, assim como os muçulmanos não são todos árabes. É sempre bom desmistificar essas questões, e entender que árabe é uma etnia, enquanto muçulmano é uma religião. Dito isso, vamos aprender mais sobre o Ramadã, o mês santo para os muçulmanos.
SOBRE O RAMADÃ
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É o mês que foi revelado o Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos. Durante todo o tempo do Ramadã, que varia de 29 a 30 dias, é feito um jejum, e todos devem se abster de comida, bebida (inclusive água), fumo e sexo, desde o nascer até o pôr do sol. Como é tempo de purificação a tradição também ordena abstenção de tudo que for mal. Ou seja, calúnias, fofocas, mentiras, desejos, raiva, irritação e tudo que for relacionado ao mal de uma forma geral. É um período de introspecção para reflexão, devoção e conexão a Alá, e claro, autocontrole. |
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Embora o Ramadã não seja praticado apenas nos países do Oriente Médio, lá há uma cultura muito forte que envolve toda a sociedade. Isso pois, a prática envolve aspectos comunitários e é comum reuniões nas mesquitas da vizinhança. Convidando amigos, parentes e vizinhos para participar das festas do Iftar, que é a quebra do jejum, que acabam se tornando verdadeiros banquetes. Além disso comidas e doces típicos que são feitos especialmente para a celebração. |
Depois de um mês de jejum, há a festa final, para fechar com chave de ouro. No término do Ramadã é celebrado o Eid al-Fitr. É como se fosse, para nós, o Natal. Isso pois eles fazem grandes festas, trocam presentes, usam roupas novas e aproveitam o momento para a comunhão, visitando amigos e famílias.