Qual o valor cultura do charuto cubano? Cuba é um lugar um pouco mistificado aqui no Brasil, principalmente por conta de estereótipos que foram criados com o passar dos anos. Mas a verdade é que o país é um destino turístico incrível, seja pelas suas lindas praias ou pela sua cultura.
Na parte cultural podemos citar diversas atrações, como a Salsa, ritmo musical que fez fama no mundo todo. Porém, Cuba também é famosa por um produto específico, que muita gente pode não saber, mas é muito representativo da cultura cubana: o charuto.
Essa história remete desde o período da colonização cubana, por volta do ano de 1942. Naquela época, os nativos encontrados na ilha já enrolavam as folhas de tabaco e fumavam uma espécie de charuto primitivo, chamado de “cohiba”. Os colonizadores apreciaram o produto e começaram a produzi-lo em sua nova colônia.
Pouco restou da cultura indígena cubana após o extermínio dos nativos pelos colonizadores. O cultivo e consumo do tabaco são um dos últimos resquícios das práticas culturais, que de fato, pertencem aquela terra e ainda são praticadas.
Cuba tornou o consumo do tabaco famoso em todo mundo e o plantio se espalhou para outros países. Porém, nenhum se compara ao legítimo charuto cubano. Especialistas indicam que as condições únicas do solo e do microclima da ilha caribenha possibilitam que o tabaco lá tenha um sabor único, muito diferente do que é plantado no resto do mundo.
Mas além da forma de cultivo, os cubanos também se destacam pela maneira artesanal de produção. As melhores marcas prezam pela confecção manual dos cigarros e grande parte da produção e colheita das folhas de tabaco ainda são realizadas em plantações familiares, onde cerca 90% da produção vai para as marcas e o resto fica com as famílias para venderem, principalmente, aos turistas.
A principal região produtora fica no extremo oeste da ilha, na província de Pinhar Del Rio. Na cidade de Viñales, que fica a cerca de 180km da capital Havana, você pode ver de perto como são feitos os principais charutos de Cuba, como o Monte Cristo. As fazendas de pequenos produtores são abertas e receptivas aos turistas, possibilitando uma experiência única. Você pode ver desde a plantação, até a confecção dos cigarros, passando pelos galpões onde as folhas são colocadas para envelhecer por mais de dois meses.
Por fim, você ainda pode comprar o seu próprio e charuto cubano, enrolado na sua frente pelos habilidosos torcedores (como são chamadas as pessoas que confeccionam os charutos em Cuba). Todos que provam garantem: o sabor e a experiência de tragar um produto cem por cento artesanal é completamente única.