Bom, se tem uma coisa que acredito é que mudanças são necessárias. E com frequência… não a cada 10 – 20 anos. Posso até concordar que exagero um pouco em seguir esta crença, mas isso é porque a cada troca de rotina muita coisa boa aparece e acho que as condições de mudar e me expor a novas oportunidades me viciaram.
Desde sempre busco explorar as coisas e me aventurar em atividades que não conheço. Crescendo e durante a adolescência meus pais talvez não enxergassem minhas ações como busca de aprendizado, mas acredito que hoje eles conseguem entender mais os benefícios das “boas” dores de cabeça que tiveram comigo.
No final de 2008, eu estava em Nova York, participando de um evento da Unesco na qual a Rainha Rania da Jordânia fez uma linda apresentação mostrando a importância de olharmos “além de nossos umbigos” e buscarmos soluções para o fato de existirem crianças do mundo inteiro que não tem acesso a necessidades básica como água potável. Seu discurso me inspirou a buscar alguma forma de sair completamente do meu status quo e viver com ainda mais propósito.
Assim no começo de 2009, decidi que era um bom momento para eu largar tudo que eu amava e estava tendo o maior sucesso fazendo para passar um tempo comigo, aprendendo sobre o desconhecido e vencendo alguns medos. Em pleno início da crise mundial, larguei um incrível trabalho e estabilidade financeira para me aventurar pela África.
Ninguém, mas ninguém mesmo, entendia o que eu estava fazendo e por quê eu estava tomando aquela decisão. Mas eu sentia que aquela reviravolta era necessária. Sempre acreditei que precisamos, apesar de nos “conhecermos”, também entender nossos momentos, nos expor ao desconforto e assim nos fortalecermos. Nos incomodarmos para realmente aprendermos.
Enfim, entre fevereiro e setembro de 2009, passei por 12 países, começando pela Jordânia, no Oriente Médio, seguida por uma passagem pelo Egito e uma viagem fascinante pelo Iraque até chegar na África. Fiz voluntariado em Uganda e depois desta “pesada”, mas riquíssima experiência, fui me aventurar pelas lindas partes leste e sul do continente africano na boleia de um caminhão.
Passei por Ruanda, Quênia, Tanzânia, Zâmbia, Zimbábue, Botsuana, Namíbia, África do Sul e Moçambique, sempre me envolvendo muito com a parte cultural e natural de cada um destes países. Explorei muito aqueles parques, entendi muito mais sobre o ciclo da vida durante os safáris e aprendi muito sobre as culturas locais quebrando assim alguns tabus. Dica: acompanhem a coluna, pois com certeza trarei mais detalhes do que vivenciei em cada um desses países.
Acho que a mensagem que gostaria de dividir aqui, é que independentemente de quão simples ou radical seja uma mudança, ela será sempre positiva pois lhe trará outros “olhares”. Uma longa viagem, um novo corte de cabelo, uma atividade diferente, pessoas que saem e outras que entram em sua vida, novos relacionamentos e parcerias, outras gírias e estilo de roupa, nova decoração na sala ou organização de armário. Das imensas às pequenas mudanças… elas sempre trarão novidades e novas energias! Então não se desespere e apenas siga inovando!
Agora um conselho: viaje sempre que puder… da maneira que for!