Verdade seja dita, comida árabe, como entendemos, não existe! Calma, vamos explicar. Tenha em mente que o mundo árabe é constituído por mais de 20 países. E todos eles possuem características culturais, sociais, históricas e geográficas diferentes (e pode apostar que isso influencia, e muito).
Sem contar a influência de outros povos ao redor, como os turcos e os persas, que apesar de muita gente fazer confusão, são povos distintos. Agora vamos desmistificar isso: não existe comida árabe, mas sim mil e um variados pratos feitos pelos árabes. Que aliás, certamente é muito, mas muito, mais do que apenas quibe e esfirra.
Em outras palavras, o termo “comida árabe” é muito mais amplo do que julgamos. Por lá as refeições são levadas a sério, melhor dizendo, são momentos que eles usam como comunhão, base para comunicação, são o centro dos encontros familiares e círculos sociais. Portanto as comidas são todas feitas com muito carinho, e isso significa com muito sabor e tempero.
Existem alguns alimentos que são a base da maioria dos países, a carne de cordeiro, castanhas, frutas secas, grão-de-bico, trigo, coentro e hortelã são alguns deles. Portanto é possível encontrar pratos em comum, entretanto com gostos diferentes, dependendo das ervas e especiarias com que são feitos. Ou mesmo, pratos diferentes, porém com gosto parecidos, devido à base ser equivalente.
Algumas características da comida árabe
As carnes consumidas geralmente são a carne bovina e de frango. Espetados ou grelhados. Peixes não são tão usados, uma vez que são muito perecíveis e não se adaptam ao clima desértico da região. Exceto, é claro, nos locais ao longo das águas (Golfo Pérsico, Mediterrâneo, Nilo, Mar Vermelho, Oceano Índico), onde muitos pratos são a base de peixe. Porém, a carne que é de fato mais consumida, é a carne de cordeiro, resultado claro dos hábitos dos beduínos nômades dedicados ao pastoreio.
Por exemplo, o tajine de cordeiro, é um prato árabe super colorido e saboroso. Outro, é o pernil de cordeiro com gengibre com risoto de damasco. Inclusive, o damasco, e outras frutas secas, são muito consumidas na culinária, assim como as ervas frescas, como salsa, hortelã, coentro, alecrim, de condimentos como açafrão, noz moscada e canela, ou outros mais picantes como a harissa – uma pasta feita de pimenta malagueta.
O que não é muito comum é a carne de porco, já que para os muçulmanos, que constituem a maioria da população, é proibido devido às tradições religiosas. Mas nem só de carne se vive o homem. Afinal, por lá há uma grande preferência da culinária por vegetais, legumes e principalmente os grãos.
O falafel e o humus, dois grandes astros da gastronomia árabe, são feitos de grão de bico. E não podemos esquecer é claro do pão! Que, aliás, pela tradição, é mais do que parte da refeição, é um substituto para o talher.
Aqui estão algumas receitas árabes que você pode fazer em casa. Se tiver dificuldade em encontrar certos ingredientes, existem lojas online que você pode comprar ervas importadas, especiarias, grãos e outros tipos de alimentos.
E depois de fazer uma dessas receitas, faça como os árabes, e use deste momento para comunhão, amizade e amor. Chame os amigos, os parentes e celebrem o presente de poder desfrutar de uma refeição em união!