Mais de 19 mil crianças vivem no centro de refugiados Dzaleka, no Malawi. Mais de 19 mil crianças que fugiram de suas casas e deixaram para trás o seu lar. Mais de 19 mil crianças que vivem como podem e ainda assim conseguem achar leveza brincando com o que tem.
Muitas dessas crianças são órfãs. Chegaram no centro com a ajuda de pessoas que conheceram pelo caminho. Lá, foram acolhidas por outras famílias e até por jovens maiores de 18 anos, também órfãos, que decidiram acolher, cuidar e se responsabilizar por eles. As condições são precárias, a realidade é difícil. Maior do que tudo isso, porém, é a filosofia de vida que rege a comunidade: Ubuntu – “eu sou porque nós somos”.
É nesse mesmo sentimento que lançamos a campanha de arrecadação para a compra de brinquedos coletivos para o natal no Malawi. Pensando nos sorrisos que podemos fazer brotar no rosto de meninos e meninas tão resilientes e amorosos, foi que nos unimos por mais esse propósito, o de criar um ambiente mais leve e apropriado, um ambiente infantil, com brincadeiras esportivas, que tragam de volta toda a naturalidade de ser criança. “Acredito no amor sem fronteiras. Sempre procurei compreender o nosso processo de cura através dessa movimentação de amor”, conta Regina, idealizadora da campanha de arrecadação de natal, ao falar sobre o movimento.
Regina é caravaneira e voluntária da FSF. Em Moçambique se sentiu extremamente tocada pela situação das crianças e idealizou essa campanha de arrecadação de brinquedos pensando no natal, levando para os pequenos africanos o trabalho que ela já realiza no Brasil. Ao ficar sabendo, porém, da situação das crianças no Malawi, Regina decidiu que era o momento ideal direcionar a campanha para o local. “Procurei conhecer o máximo a realidade do Malawi e já me inscrevi na primeira caravana onde também trabalharemos em adquirir e entregar os brinquedos”, contou ela.
“Queremos fazer para eles quadras de basquete, futebol e vôlei. Queremos brincadeiras que possam ser feitas no coletivo. Porque essa é a magia desse projeto: o coletivo”, explica Clarissa Mesquita, coordenadora do projeto Nação Ubuntu. “As crianças de lá, por incrível que pareça, conservam a simplicidade de serem crianças, mas não deixam de lado a responsabilidade que carregam quando o assunto é ajudar a família”, completa ela.
O objetivo é construir dentro do centro de acolhimento da Fraternidade sem Fronteiras no Malawi, quadras de esportes para incentivar a prática de brincadeiras em grupo, como queimada, peteca, futebol, basquete e etc. “Lá eles criam coisas para brincar, fazem bola com resto de lixo. Uma vez vi uma criança que fez um carrinho de brinquedo de lixo. Por isso, queremos construir também uma brinquedoteca”, explica Clarissa.
Para que esse sonho que sonhamos juntos possa ser realizado, contamos com você. Sua ajuda, como sempre, é importantíssima para que possamos ajudar a brotar nos nossos pequenos, a leveza de ser criança. Para colaborar é só realizar uma doação avulsa do valor que puder, em qualquer uma das contas da FSF e encaminhar o comprovante para o e-mail doacoes@fraternidadesemfronteiras.org.br com o título “Natal Ubuntu”.
CARAVANA DA SAÚDE E ESTRUTURAL
A primeira caravana para o Malawi parte no dia 2 de dezembro e fica até o dia 22 do mesmo mês. Por lá serão feitos atendimentos de saúde dentro do campo de refugiados Dzaleka, já que só existe um médico para 38 mil pessoas. Enquanto isso, a caravana estrutural estará construindo o centro de acolhimento da FSF no terreno ao lado. “As duas caravanas serão juntas e nós iremos atender de acordo com a demanda do local. O próprio alto comissariado da ONU irá agendar a consulta dentro do campo”, conta Andrei Moreira, um dos coordenadores da caravana da saúde.
Para saber sobre datas e vagas para a primeira caravana com destino ao projeto Nação Ubuntu é só clicar aqui. Participe com a gente!
Fraternidade Sem Fronteiras
Somos uma organização de ajuda humanitária internacional. Atuamos em alguns dos lugares mais pobres do planeta, com esperança e profundo desejo de ajudar a acabar com a fome e a construir um mundo de paz.