3 métodos diferentes de extração do café

9 de fevereiro de 2021
Yngrid Corsini

Nos textos passados contei para vocês sobre minha saga em 2020, porém algumas coisas eu não contei, afinal certas histórias se a gente for contar tudo acaba virando um livro. Mas o fato é que, ao vir morar em Bonito passei a ter contato direto com o mundo do café, por causa da cafeteria Corsini Slow Cofee.

Como você pode deduzir pelo nome do empreendimento – por ser meu sobrenome – essa cafeteria é dos meus pais, em Bonito, Mato Grosso do Sul. Tudo isso para dizer que passei a viver a rotina de uma cafeteria e portanto… de cafés. 

Tenho aprendido todos os dias novas coisas sobre cafés, extrações, cafés especiais, baristas e afins. E algo que fez eu me fascinar por esse mundo do café é como o método de extração muda completamente o gosto do café… Aliás, a primeira coisa que me chamou a atenção são as variadas possibilidades de fazê-lo. 

Por isso vou contar um pouco mais para você sobre 3 extrações diferentes para o café… Que não são o café “passado” e tampouco o expresso. Vamos lá?

Prensa Francesa 

Foto: Acervo Corsini Slow Cofee

A primeira vista, o que chama  atenção desse método é o nome, que logo associamos ser de origem francesa, obviamente. Porém de acordo com o U.coffee, portal referência sobre café no Brasil, ai que a gente se engana. A primeira versão da Prensa Francesa como conhecemos hoje foi criada pelo italiano Attilio Callimani, em 1929.

Agora vamos falar sobre a prensa em si. A Prensa Francesa é formada por uma jarra, que pode ser de vidro, metal ou cerâmica. Dentro dela há um êmbolo e lá está preso uma peneira, uma tela bem fina (que substitui o filtro de papel e responde pela separação do pó de café da água) e há também um suporte,  responsável por manter essas peças unidas, 

Qual é a grande diferença desse método? 

Uma das mais evidentes é o fato dela dispensar o filtro de papel, que permite que óleos essenciais do grão sejam liberados no café. Na boca as notas e aromas estão muito mais acentuados. 

Para quem gosta do sabor mais encorpado e mais forte, é ideal. 

Hario V60

Foto: Acervo Corsini Slow Cofee

Embora pareça um coador comum, não é. Esse é um método de extração simples, é verdade, porém com resultado delicioso e completamente diferente da Prensa Francesa.

Hario V60 é um porta-filtro, de design especial, criado pela empresa nipônica Hario, que apresenta linhas espirais que facilitam a expansão do pó de café no momento em que a bebida é coada.  

Outra característica especial é o orifício de saída, que é maior do que o convencional. Por fim, outro fator importante: O filtro de papel também é diferente. Ao contrário dos tradicionais, ele é totalmente em formato de cone, é responsável por formar um ângulo de 60° que concentra a saída do café num ponto só. Daí o nome do método: Hario V60.

Esses três elementos permitem que a filtragem seja por igual e não deixa que o fluxo de água encontre qualquer tipo de obstáculo. Faz com que a água não fique parada, permitindo a circulação constante do café.  

Esses detalhes promovem a diferença e é o que faz com que seja ressaltada as notas sensoriais e aromáticas do grão, bem como sua doçura e acidez. Essa é a extração perfeita para quem quer sentir o sabor do café, porém o prefere mais suave. 

Cold Brew 

Foto: Acervo Corsini Slow Cofee

Muitos pensam que é o café gelado simplesmente (eu pelo menos pensava), mas não é. “Cold Brew” significa, literalmente, infusão a frio. Como é feito então? 

Primeiro a moagem. Moemos o café (usamos cafés especiais, de micro lote) e depois colocamos café moído em um recipiente com  água filtrada em temperatura ambiente. Após 8 horas de descanso de geladeira, a bebida está pronta. 

E o sabor? Completamente diferente de uma extração quente. Dois fatores influenciam, claro, a temperatura da água… A água fria evita que os óleos e os ácidos do grão sejam transferidos para o café. 

E o outro fator é o tempo de preparo. Como são longas horas de infusão todos os aromas e sabores são extraídos.  O Cold Brew Coffee  chega a ser 70% menos ácido em comparação aos cafés extraídos com água quente!

Mas é preciso usar cafés especiais? 

Todas esses métodos de extração funcionam melhor, claro, com cafés especiais. Pois eles servem justamente para promover uma experiência mais completa na degustação do café, acentuando o sabor, aroma e notas.

Os cafés comuns geralmente apresentam excesso de torra, um processo industrial frequentemente usado por marcas comerciais para mascarar algumas impurezas do café. Então ao preparar qualquer desses métodos com cafés comuns é possível que acentue o amargor e a torra do café. 

Lembrando que… Todas essas extrações estão disponíveis aqui no Corsini Slow Coffee e será um prazer recebê-los. 

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