Bienal de arte de Veneza 2024 – Celebração da arte global

29 de julho de 2024
LPM

A Bienal de Veneza é uma das mais importantes e prestigiadas exposições de arte contemporânea do mundo. Fundada em 1895, ela desempenha um papel crucial na promoção e celebração da arte global. 

Bienal de arte de Veneza 2024 - Celebração da arte global
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O Brasil na Bienal 2024 

O protagonismo do Brasil na Bienal de Veneza de 2024 é um marco significativo para a arte contemporânea, destacando a riqueza cultural e a diversidade artística do país. Este ano, o evento conta com a curadoria de Adriano Pedrosa, o primeiro latino-americano a assumir essa função, e a participação de artistas indígenas brasileiros que trazem à tona narrativas potentes e inovadoras. 

Adriano Pedrosa, diretor artístico do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), foi escolhido como curador da 60ª Bienal de Veneza. Sua nomeação é histórica, pois é a primeira vez que um curador do hemisfério sul e da América Latina assume essa responsabilidade. Pedrosa tem uma vasta experiência em curadoria, com contribuições significativas para bienais internacionais, como a Bienal de Istambul e a Trienal de San Juan. Ele é reconhecido por seu compromisso com a inclusão e a diversidade na arte. 

Pedrosa escolheu como tema “Stranieri Ovunque” (“Estrangeiros em Toda Parte”), explorando questões de identidade, pertencimento e deslocamento. Este tema reflete a realidade contemporânea de migração e diáspora, promovendo um diálogo profundo sobre as fronteiras culturais e a coexistência global. 

Artistas Brasileiros em Destaque  

O Pavilhão do Brasil, renomeado como Pavilhão Hãhãwpuá (termo utilizado pelos povos indígenas Pataxó para se referir ao território que, após a colonização, tornou-se conhecido como Brasil) é representado pela artista indígena Glicéria Tupinambá, que é a primeira artista indígena a representar o país sozinha na Bienal. Sua obra, “Ka’a Pûera: nós somos pássaros que andam”, destaca a resistência indígena e a luta pela preservação dos territórios e culturas indígenas no Brasil. A exposição é uma celebração da identidade e da resiliência dos povos indígenas, trazendo à tona questões cruciais sobre sustentabilidade e direitos territoriais. 

Para saber mais sobre a obra acesse o site: https://kaapuera.bienal.org.br/sobre-kaa-puera/ 

Bienal de arte de Veneza 2024 - Celebração da arte global
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Além de Glicéria Tupinambá, outros artistas indígenas, como Olinda Tupinambá e Ziel Karapotó, contribuem com suas obras para a exposição. A curadoria do pavilhão brasileiro, realizada por Denilson Baniwa, Arissana Pataxó e Gustavo Caboco Wapichana, reforça a abordagem comunitária e colaborativa, destacando a importância da diversidade de vozes dentro do cenário artístico brasileiro. 

Inovação e Diversidade na Bienal Veneza 2024 

A Bienal de Veneza de 2024 é marcada por inovações significativas, refletindo a diversidade cultural e a experimentação artística. O tema central, “Stranieri Ovunque”, não só aborda as questões de migração e diáspora, mas também celebra a interculturalidade e a inclusão. 

Bienal de arte de Veneza 2024 - Celebração da arte global
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Entre as inovações deste ano está o uso de tecnologias interativas e digitais, como visto no Pavilhão de Malta, que apresenta a obra do artista Matthew AttardI Will Follow the Ship“. Esta instalação utiliza mídia digital para envolver os visitantes com a história marítima de Malta, criando uma experiência imersiva. 

Bienal de arte de Veneza 2024 - Celebração da arte global
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Outro destaque é o Pavilhão da Itália, “Due Qui / To Hear“, de Massino Bartolini, que foca na experiência auditiva como forma de engajamento. As instalações variam as experiências sonoras ao longo do espaço, proporcionando uma abordagem sensorial única para os visitantes. 

A Bienal de Veneza 2024 se afirma como um evento essencial para a arte contemporânea, promovendo a diversidade, a inovação e o diálogo intercultural. O protagonismo do Brasil, com a curadoria de Adriano Pedrosa e a participação de artistas indígenas, ressalta a importância de incluir vozes diversas e narrativas ricas na construção de um cenário artístico global mais inclusivo e representativo. Esta edição promete não só celebrar a arte, mas também provocar reflexões profundas sobre identidade, pertencimento e coexistência cultural. 

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